O supremo líder cubano Fidel Castro divulgou uma nota à imprensa estatal cubana criticando as reações internacionais ao terremoto no Haiti. Segundo ele, apesar de comover as pessoas, a tragédia no país vizinho não leva à reflexão sobre os reais motivos da pobreza haitiana. O texto, publicado no jornal "Granma", do Comitê Central do Partido Comunista, destaca o fato de o Haiti ter sido "o primeiro país em que 400 mil escravos africanos, traficados pelos europeus, se rebelaram contra o domínio de 30 mil senhores feudais, donos de plantações de cana e café".
Aos 83 anos de idade, Fidel dá sinais de lucidez. Ele escreve ainda que o povo haitiano levou a cabo a primeira grande revolução social do hemisfério sul e afirma que o Haiti de hoje é produto do colonialismo, do imperialismo e de mais de um século de exploração de recursos humanos, intervenções militares e extração de suas riquezas.
- O Haiti hoje constitui uma vergonha de nossa época, de um mundo onde prevalecem a exploração e o roubo da imensa maioria dos habitantes do planeta - avaliou Fidel.
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