Devido aos prejuízos milionários causados pelos furacões "Gustav" e "Ike", o presidente de Cuba, Raúl Castro, adiou em um ano o exercício estratégico "Bastión", a maior manobra militar das Forças Armadas do país, e que se repete todos os anos.
Segundo um boletim do Ministério das Forças Armadas divulgado pela imprensa cubana, o treinamento previsto para novembro foi remarcado para 2009.
Na nota, o presidente acrescenta que as perdas causadas pelos furacões, calculadas em US$ 10 bilhões pelos meios de comunicação, "exigem" que todos os dirigentes do Partido Comunista, do Estado, do Governo, de entidades econômicas e de "organizações sociais e de massa" atendam às "tarefas que esta nova etapa requer".
De acordo com o comunicado, será necessário "um intenso, efetivo e prolongado processo de recuperação e restabelecimento".
O "Gustav" atravessou o extremo oeste de Cuba em 30 de agosto, e o "Ike" percorreu a ilha de leste a oeste entre domingo e terça-feira.
Fontes oficiais anunciaram ontem que o Governo cubano está destinando aos milhões de desabrigados todas as suas reservas, inclusive militares, mas que estas não são suficientes.
Os dois furacões deixaram sete mortos, dezenas de feridos e mais de meio milhão de casas total ou parcialmente destruídas. ALém disso, causaram graves danos a plantações, empresas e infra-estruturas.
Embora tenha entrado em contato com autoridades das províncias do país - segundo os meios de comunicação cubanos, todos oficiais -, Raúl não se dirigiu a seus compatriotas nem por rádio nem pela televisão desde a aproximação do primeiro dos dois furacões, em 28 de agosto.
Por outro lado, o ex-presidente cubano Fidel Castro, que se recupera de uma doença, escreveu cartas e artigos sobre o "Gustav" e o "Ike".
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