A Igreja Católica de Cuba anunciou nesta sexta-feira a libertação de mais seis presos políticos que, da mesma foram que os outros 20 já soltos, também devem viajar para a Espanha, como informa o diário "El País". O anúncio é feito no dia em que Fidel Castro completa 84 anos.
Esses 26 presos fazem parte do seleto grupo de 52 dissidentes detidos durante a onda de repressão de 2003, conhecida como Primavera Negra, que o governo Raúl Castro se comprometeu este ano a libertar.
Os próximos libertados serão Marcelo Manuel Cano, Regis Iglesias, Juan Carlos Herrera, Efrén Fernández, Fabio Prieto e Juan Adolfo Fernández.
No comunicado em que informa das libertações, a Igreja Católica não especifica uma data para que os dissidentes comecem a deixar a prisão. Segundo o jornal espanhol, o Arcebispado de Havana é encarregado de escolher os detidos a serem soltos, e os critérios principais são estado de saúde e o desejo de se asilar na Espanha.
Fidel não aparece
Apesar de no mês passado ter participado de uma série de atos púbicos, quebrando um longo período de afastamento, Fidel não foi visto nesta sexta-feira. O líder, porém, publicou um artigo na madrugada passada.
No texto, ele se concentra em alertar sobre os riscos de uma eventual guerra nuclear se Estados Unidos e Israel atacarem o Irã, e não fala em política interna. Sua recuperação gerou especulações de uma possível influência mais forte nas políticas adotadas pelo irmão na Presidência.
Mesmo sem aparecer, Fidel recebeu algumas homenagens, em Cuba e fora do país.
Em Havana, centenas de crianças se reuniram para desejar feliz aniversário ao líder cubano, que apesar de afastado do poder desde 2006, segue como primeiro-secretário do Partido Comunista.
De fora, as felicitações vieram pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que, em mensagem no Twitter, disse que Fidel é "exemplo de entrega à luta revolucionária". O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, também enviou parabéns ao líder cubano.
Na noite de quinta-feira, Fidel recebeu em Havana a senadora colombiana Piedad Córdoba. Segundo o jornal oficial "Granma", o encontro teve a paz como tema principal.
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